Ligue 192

segunda-feira, 26 de março de 2012

Programa Cuidando dos Seus Olhos realiza mais uma etapa em Cruzeiro do Sul: expectativa é realizar mais três mil cirurgias


Pacientes relatam as mudanças na vida depois da cirurgia  Onofre Brito

Por onde se anda na região de Cruzeiro do Sul sempre se encontra alguém usando os óculos escuros doados pelo Programa Itinerante Cuidando dos Seus Olhos; é o resultado das duas primeiras etapas do programa em janeiro e fevereiro quando foram realizadas 6.771 consultas, 3.002 cirurgias de catarata e 154 de pterígeno (carne crescida).

Onofre Brito
Agora, o Instituto de Olhos Fábio Vieira, contratado pelo governo do Estado para executar o programa, volta para a etapa de março. A expectativa é atender até 1.200 pessoas por dia até dia 22 no ambulatório e na revisão. De 20 a 26 de março vai acontecer nova etapa de cirurgias, com expectativa de atender cerca de 3 mil pessoas. De 23 a 28 com atendimento aos já cirurgiados, a expectativa é atender cerca de 400 pessoas por dia.
Segundo o coordenador do programa em Cruzeiro do Sul, Tiago Portela de Andrade, após a 3ª etapa um médico vai permanecer na unidade hospitalar à disposição daqueles pacientes que já fizeram a cirurgia e desejam retornar para tirar alguma dúvida. “Nossa expectativa é de que ao final da etapa de março tenhamos mais de seis mil pacientes cirurgiados”, disse.
Histórias de quem passou a ver
A senhora Maria Amorim de Souza, de 64 anos, conta que não enxergava bem nem para perto nem para longe. Ela limpava o fogão de sua casa e achava que estava limpo, mas assim que fez a cirurgia, chegando a casa, tirou os óculos escuros e, surpresa: “Quando olhei para meu fogão, ao redor dele só era sujo. Foi então que chorei de alegria porque eu tava vendo tudo”. Para dona Maria, que trabalha de servente numa escola, com seu salário de R$ 550,00 jamais poderia pagar cirurgias dos seus olhos. “Agradeço muito a Deus e ao governador por ter mandado esta equipe para cuidar das nossas vistas”.
Onofre Brito
Maria de Oliveira Amorim (Carminha) mora na Copacabana em Cruzeiro do Sul. Ela tem 80 anos e em fevereiro fez cirurgia de um dos olhos. “Eu gosto muito de ler a Bíblia, mas cada vez mais era um sacrifício. Eu usava óculos para ler e agora com apenas um olho operado eu não preciso mais dos óculos. Agora vou fazer a cirurgia do outro olho. Eu bordava, costurava, cuidava do meu jardim e tenho a esperança de voltar a fazer tudo isso novamente assim que estiver com os dois olhos enxergando. Eu agradeço ao governo, foi Deus que mandou esta bênção através do governo”.
Onofre Brito
Valdemar Rosa, de 63 anos: “Eu tinha um problema, parecia que tinha um aguaceiro correndo dos olhos. Hoje vou fazer minha revisão que os médicos mandaram voltar depois de um mês. No olho esquerdo ainda sinto uma alteração, mas vou conversar com o médico para saber. Mas estou me sentindo e enxergando bem melhor. Está tudo claro”.
Francisca Albélia da Silva tem 68 anos e mora na vila Restauração, no alto Juruá. Um parente seu ouviu falar da programação que aconteceria em Cruzeiro do Sul e a trouxe para cuidar dos olhos. “Eu era cega mesmo, agora tô enxergando graças a Deus. Eu tô achando que foi uma benção de Deus para quem não enxergava. Eu não podia fazer nada mesmo. Eu lavava roupa, mas não sabia nem como ficava porque não enxergava nada. A comida que eu fazia, também não sabia de que jeito ia sair, mas eu comia porque não tinha quem fizesse. Agora dá para fazer tudo graças a Deus. É a melhor coisa que o governo já fez”.
Onofre Brito  
Irmã Ancilla é administradora do Educandário, importante instituição de ensino e acolhimento de menores desamparados. Ela conta que fez cirurgia dos dois olhos. Um deles após quatro dia teve pequena infecção, já sanada. Ela usava óculos com forte graduação. “Estou bem, com um olho já enxergo bem e agora com a revisão creio que vou precisar de óculos, mas com uma graduação menor. “Desde o início estou admirada deste serviço; e parabenizo o governo que realizou este trabalho e a equipe pela organização”.
José Virgínio de Souza, caseiro 64 anos: “Eu trabalho como caseiro e cuido de açudes e gado. Eu não enxergava nada e estava atrapalhado em meu serviço. Tinha dias que não enxergava nem o vulto das vacas e não podia distinguir se tinha gente perto dos açudes. Agora eu vejo tudo. Fiz cirurgias nos dois olhos. Antes só via o gado no campo se colocasse óculos de grau e agora, quando tiro estes óculos escuros, eu vejo os bois, vejo tudinho”.
Onofre Brito

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